Oito dúvidas sobre inversores: conheça este aparelho tão essencial em um barco

    Sem energia, praticamente nenhum barco funciona direito. Por isso, existem os inversores. Que poucos conhecem bem.

    Salvo as canoas a remo e os pequenos veleiros, praticamente não existe nenhuma embarcação que não dependa de algum tipo de energia para garantir conforto e a própria navegação com segurança. Contudo, nos barcos, o problema começa em como “produzir” esta energia e armazená-la. Antigamente, só havia duas opções: usar o excedente produzido pelo alternador para carregar baterias reserva ou ter a bordo um gerador a combustível — mas este, pelo seu porte e custo, restrito aos barcos maiores. Aos menores, só mesmo as baterias. Também era preciso buscar aparelhos de 12 V ou 24 V em corrente contínua (CC), bem mais raros que os similares domésticos, com tensões de 110 V ou 220 V, em corrente alternada (CA ou AC, em inglês). Até que surgiram os inversores de potência, aparelhos capazes de transformar um tipo de energia em outra, cujas principais características e dúvidas listamos a seguir.

     1- Um inversor é um simples “transformador elétrico”?

     Não. Primeiro ele transforma a corrente contínua da bateria em corrente alternada, para, depois, alterar o valor da sua tensão. É um aparelho bem mais complexo.

     2- A energia fornecida pelo inversor é igual a que se tem em casa?

     Ela é bem parecida, mas não exatamente idêntica. A energia em corrente alternada doméstica é chamada de “senoidal”, porque a tensão varia entre um valor máximo positivo e mínimo negativo. No Brasil, esta variação ocorre 60 vezes por segundo, daí dizermos que a frequência da nossa rede elétrica é de “60 Hz”. Já os inversores operam com a chamada “onda senoidal modificada”, ou “aproximada”, que, no entanto, não causa danos aos aparelhos.

     3- As baterias que alimentam os inversores podem ser as mesmas do motor?

     Não! Por duas razões. 1) Segurança: o sistema de partida do motor deve ter uma ou mais baterias exclusivas, para evitar que o uso de aparelhos elétricos a bordo descarregue as baterias; 2) Tipo de bateria: as usadas para a partida do motor são feitas para fornecer muita energia por alguns segundos, enquanto as indicadas para os inversores são baterias de “ciclo profundo”, que fornecem energia por longos períodos e resistem melhor aos ciclos de carga e descarga, tendo, portanto, maior vida útil.

     4- A capacidade da bateria depende da potência do inversor?

     Sim, porque quanto maior a potência fornecida pelo inversor, maior será a corrente elétrica drenada da bateria. Para ter uma ideia aproximada da corrente elétrica que será exigida da bateria em Amperes (A), divida a potência do inversor (em watts) pela tensão da bateria (em volts). Exemplificando: uma bateria de 12 V precisará fornecer cerca de 100 A de corrente para alimentar um inversor de 1 200 watts de potência.

     5- Como escolher a capacidade da bateria correta para um inversor?

     Depende de alguns fatores, mas um dos mais importantes é a corrente elétrica máxima que será fornecida pela bateria e por quanto tempo. Uma bateria de 12 V, com capacidade nominal de 150 Ah, pode fornecer esta energia apenas se for descarregada ao longo de 10 ou 20 horas, dependendo do fabricante. Se descarregar em uma hora fornecerá, apenas, cerca de 60% da sua capacidade. 

     6- Como escolher a capacidade (em watts) de um inversor para o barco?

     Uma maneira bem simples é somar o consumo de energia de todos os equipamentos a bordo (caso o consumo não esteja em watts e sim em A, multiplique o valor em amperes pela tensão do equipamento e terá, aproximadamente, o consumo em watts), acrescentando uma margem de segurança a mais na capacidade do inversor.

     7- Vale a pena ligar o inversor em duas baterias de 12 V ligadas em série?

     Sim. Inversores que operam com uma tensão elétrica de 24 V necessitam de cerca de metade da corrente elétrica dos que operam em 12 V, podendo assim usar fiação elétrica de menor bitola e baterias de menor capacidade.

     8- O que é melhor: ter um inversor ou um gerador a bordo?

     Depende do barco. De maneira geral, quando o consumo dos equipamentos a bordo for inferior a 2500 watts, inversores e um conjunto adequado de baterias já dão conta do recado. Já os geradores são praticamente só indicados para potências maiores e por longos períodos, além de exigirem barcos maiores, pois têm uma instalação bem mais complexa. E cara.

     
    Fonte: Nicola Getschko - Náutica Online.
    Salvo as canoas a remo e os pequenos veleiros, praticamente não existe nenhuma embarcação que não dependa de algum tipo de energia para garantir conforto e a própria navegação com segurança. Contudo, nos barcos, o problema começa em como “produzir” esta energia e armazená-la. Antigamente, só havia duas opções: usar o excedente produzido pelo alternador para carregar baterias reserva ou ter a bordo um gerador a combustível — mas este, pelo seu porte e custo, restrito aos barcos maiores. Aos menores, só mesmo as baterias. Também era preciso buscar aparelhos de 12 V ou 24 V em corrente contínua (CC), bem mais raros que os similares domésticos, com tensões de 110 V ou 220 V, em corrente alternada (CA ou AC, em inglês). Até que surgiram os inversores de potência, aparelhos capazes de transformar um tipo de energia em outra, cujas principais características e dúvidas listamos a seguir.
     
    1- Um inversor é um simples “transformador elétrico”?
    Não. Primeiro ele transforma a corrente contínua da bateria em corrente alternada, para, depois, alterar o valor da sua tensão. É um aparelho bem mais complexo.
     
    2- A energia fornecida pelo inversor é igual a que se tem em casa?
    Ela é bem parecida, mas não exatamente idêntica. A energia em corrente alternada doméstica é chamada de “senoidal”, porque a tensão varia entre um valor máximo positivo e mínimo negativo. No Brasil, esta variação ocorre 60 vezes por segundo, daí dizermos que a frequência da nossa rede elétrica é de “60 Hz”. Já os inversores operam com a chamada “onda senoidal modificada”, ou “aproximada”, que, no entanto, não causa danos aos aparelhos.
     
    3- As baterias que alimentam os inversores podem ser as mesmas do motor?
    Não! Por duas razões. 1) Segurança: o sistema de partida do motor deve ter uma ou mais baterias exclusivas, para evitar que o uso de aparelhos elétricos a bordo descarregue as baterias; 2) Tipo de bateria: as usadas para a partida do motor são feitas para fornecer muita energia por alguns segundos, enquanto as indicadas para os inversores são baterias de “ciclo profundo”, que fornecem energia por longos períodos e resistem melhor aos ciclos de carga e descarga, tendo, portanto, maior vida útil.
     
    4- A capacidade da bateria depende da potência do inversor?
    Sim, porque quanto maior a potência fornecida pelo inversor, maior será a corrente elétrica drenada da bateria. Para ter uma ideia aproximada da corrente elétrica que será exigida da bateria em Amperes (A), divida a potência do inversor (em watts) pela tensão da bateria (em volts). Exemplificando: uma bateria de 12 V precisará fornecer cerca de 100 A de corrente para alimentar um inversor de 1 200 watts de potência.
     
    5- Como escolher a capacidade da bateria correta para um inversor?
    Depende de alguns fatores, mas um dos mais importantes é a corrente elétrica máxima que será fornecida pela bateria e por quanto tempo. Uma bateria de 12 V, com capacidade nominal de 150 Ah, pode fornecer esta energia apenas se for descarregada ao longo de 10 ou 20 horas, dependendo do fabricante. Se descarregar em uma hora fornecerá, apenas, cerca de 60% da sua capacidade.
     
    6- Como escolher a capacidade (em watts) de um inversor para o barco?
    Uma maneira bem simples é somar o consumo de energia de todos os equipamentos a bordo (caso o consumo não esteja em watts e sim em A, multiplique o valor em amperes pela tensão do equipamento e terá, aproximadamente, o consumo em watts), acrescentando uma margem de segurança a mais na capacidade do inversor.
     
    7- Vale a pena ligar o inversor em duas baterias de 12 V ligadas em série?
    Sim. Inversores que operam com uma tensão elétrica de 24 V necessitam de cerca de metade da corrente elétrica dos que operam em 12 V, podendo assim usar fiação elétrica de menor bitola e baterias de menor capacidade.
     
    8- O que é melhor: ter um inversor ou um gerador a bordo?
    Depende do barco. De maneira geral, quando o consumo dos equipamentos a bordo for inferior a 2500 watts, inversores e um conjunto adequado de baterias já dão conta do recado. Já os geradores são praticamente só indicados para potências maiores e por longos períodos, além de exigirem barcos maiores, pois têm uma instalação bem mais complexa. E cara 
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